quinta-feira, 4 de julho de 2013

Tá faltando.

Li um texto seu, e ele falava da nossa primeira data. Não sei se você se liga em datas. Não sei se você se liga em nós. Mas será que foi apenas coincidência? Será que eu tô ficando louca e isso não quer dizer nada? Ou será que você tá me dando charadas pra eu matar? Sinceramente, queria te entender melhor. Não consigo te decifrar. Tem algum manual? Eu sou a única? É que ontem fez um mês que eu voltei pra casa, fez um mês que a cama pareceu maior, mesmo ela sendo a mesma. Fez um mês que você me mal acostumou. E hoje a gente nem se olha mais. E quando se olha, dá aquele meio sorriso de canto de boca que faz ter certeza que tá faltando alguma coisa. É, tá faltando alguma coisa! Tá faltando você. Tá faltando uma palavra. Tá faltando um fim, talvez. Então vem, mais uma única vez, pelo menos mais uma, passa uma madrugada fria comigo, mais uma. Traz Chapéu, eu gosto dele. Talvez ele não goste tanto de mim, mas é ele quem fica com você quando você tá triste. É pra ele que, no meu silêncio, eu te entreguei. É ele que eu quero, e peço, que cuide de você. Eu não posso mais cuidar. Não de perto, não com você sabendo. Mas eu tô cuidando de longe. Se você cair, se você se machucar, eu vou correndo. Porque eu quero te proteger. Mesmo sendo você quem me protegia. Era assim, eu chorava, você cuidava. E mesmo quando me pedia com aquela voz encantadora: "Cuida, vai?", no fundo, era você que tava me cuidando. E eu te agradeço por isso, mesmo eu me machucando, mesmo eu chorando todos os dias, agradeço pelo mês que pareceu um ano. Agradeço por ter mudado o pior de mim.

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