terça-feira, 30 de julho de 2013

Entendo

Eu percebi, nas últimas 48 horas, que a gente não manda no coração. Eu mandei ele te esquecer, mas ele não quis obedecer. Eu mandei ele ter raiva de você, ele também não quis obedecer. Mandei ele sentir nojo, e ele quase vomitou em mim por isso. Então resolvi deixar o coração quieto. Deixa ele decidir o que vai acontecer, e quando vai acontecer. Aí, nesse instante, quando estava em calma e com o coração guardado, você apareceu, Lola. "Que diabo ela ta querendo?" pensei. Era só um pedido formal, da única coisa sua que ainda estava comigo. Não entendi o por quê de tanta formalidade. Será que em algum canto de meu olhar, mostro uma raiva que não tenho? Ah, e por falar em diabo: eu vi o diabo na minha frente sábado a noite. Soltei uma gargalhada na cara dele. Quase mandei um beijo irônico. Ele jogou na minha cara todas as coisas que tem me presenteado. São coisas bonitas, o diabo sabe oferecer essas coisas muito bem. Talvez 'bonitas' não seria o adjetivo correto. São coisas encantadoras, isso mesmo. Encantadora, assim como você. Não, não to falando que foi o diabo que te trouxe pra mim. Ele não conseguiria entregar algo tão (não sei te descrever) encantador. Mas também não sei se foi Deus que te colocou na minha frente. O meu Deus, o teu Deus, qual deus você quer escolher? Ele não te deixaria escapar também. Acho que o que te colocou na minha frente, foram essas tuas asas que eu tanto admiro. Invejo, às vezes. Essas suas asas de liberdade que te fazem voar para onde você deseja ir, no momento em que deseja ir. Mas se foram as asas que te trouxeram até mim, também foram elas que te tiraram de mm. Que louco! Eu amo essas suas asas, e também odeio. Pode isso, Lola? Ah, Lola, deixa eu te falar: sábado eu gargalhei na cara do diabo, mas eu chorei na frente do meu Deus. Não, não vi Deus na minha frente. Mas senti que ele tentava falar comigo. Acho que ele tentava falar comigo há algumas semanas já, mas eu não sei direito, não tenho entendido Deus muito bem. Não sei realmente o motivo de eu ter chorado também, mas sei que chorei, e foi um choro diferente do que os choros das últimas semanas. Foi um choro leve, um choro que eu gostei de chorar. Um choro que me fez te entender, Lola. Ainda ando triste, ainda tenho as peças novas no meu mundo, um mundo novo. Mas agora, eu tenho mais calma pra olhar pra você. Sei lá, são sensações que por mais que eu tente, não consigo de forma algum transferir do meu coração para algumas palavras. Acho que você entenderia melhor se me olhasse nos olhos, Lola. Você não me olha nos olhos desde aquela quarta feira, e isso me incomoda. Acho que não me olha assim, porquê sabe que você é minha preferida. Dentre todas, que não existem. Mas você pode olhar. Lembra quando disse que preferia me ter na tua vida e apenas olhar meu sorriso do que qualquer outra coisa? Então, eu prefiro ter apenas teu olhar e nada mais, do que o nada (mais). É só pra você entender, que por trás da minha forma (quase única) de te chamar, existe uma forma (única) de dizer que você continua sendo a mesma pra mim. De antes da viagem, de durante a viagem, de depois da viagem. Mas, principalmente, de antes. Ser a mesma para mim, não significa que você tenha mudado, apesar de perceber que algumas mudanças lhe ocorreram. Ser a mesma significa que te olho da mesma forma. Com o mesmo encantamento, com o mesmo desejo, com o mesmo carinho. Mas, acima de tudo, com a mesma vontade de sentar ao teu lado numa mesa de bar e ficar soltando gargalhadas com suas histórias cansadas e suas bobeiras infantis. Sabe Lola, acho que tenho que parar de escrever diretamente pra você. Acho que isso tem incomodado algumas pessoas. Acho que isso deve incomodar você também. Peço desculpas, mas talvez eu não pare de te escrever tão cedo. Ainda bem que você pode escolher entre ler ou não, nunca saberei mesmo. Tchau Lola. 

sexta-feira, 26 de julho de 2013

Um mês, Lola.

"Que mês!" "Que ano!" "Que fase!" Ando me repetindo isso muitas vezes. Acredite, só você sabe o porquê, Lola. Acho que nem eu sei, mas você sabe. Você, com seu jeito tosco, me conhece tão bem! Me indagaram o porquê de Lola. Não soube responder. Lola ou qualquer outro nome que eu desse a você: Flor, Lynda, Demo. Qualquer um desses nomes, apenas enganariam a quem não sabe quem é você. Mas você sabe que é apenas você. Você e todos aqueles que estavam naquela viagem a outro planeta. Você e todos aqueles que estavam na mesa do bar, embrigadados com cerveja barata. Você e todos aqueles que viram meu mundo trocando as peças quando meus olhos se encheram de lágrimas, ou quando viram uma droga na minha boca. Você acredita nisso, Lola? Uma droga na minha boca! Quantos tipos de droga você conhece? Até então, eu só conhecia você, a droga mais linda de todas. Mas se fosse antes, você falaria assim para mim: "Relaxa guria, você tá só vivendo". Tô vivendo, ou to morrendo? Eu realmente não sei, Lola. Queria poder ter seu abraço ainda, ele me ajudava quando eu não sabia o que fazer. Mesmo que continuasse confusa, ele me direcionava exatamente pra onde eu queria estar no momento. E o momento, isso era tudo o que eu tinha, tudo o que eu queria. Eu não queria o futuro, não queria o passado. Queria apenas aquele momento, aquele que você estava comigo. O momento em que meu mundo trocou de peças. Ah, que peças bonitas! Não quero devolve-las ou apaga-las. Mesmo que chegue uma hora que eu não possa mais utilizar essas peças, eu quero guarda-las no lugar mais bonito que tem dentro de mim. Qual é, eu não sei. O coração ou a alma?  O que você preferia em mim, Lola? Ai, preferia.. dói usar os verbos no passado. Pretérito perfeito, mais que perfeito. Isso não existe, pretéritos são todos imperfeitos. E quem diria: um mês! Hoje, agora. Choro, lágrima. Aquele dia estava sol, hoje não há sol. Não há paz, mesmo que você não signifique a paz. Hoje não há amor, mesmo que você não signifique o amor. Quase dois meses depois daquela viagem a outro planeta, eu só lembro de suas palavras ao roubar o beijo. O nosso primeiro beijo, o nosso primeiro momento. "No final de tudo, EU estarei aqui, guria." Cadê você agora, Lola? Você não tá aqui. Não tá ali. Você não tá lá. E mesmo estando em todos os lugares, você não tá por mim, não pra mim. Tá pra outras bocas, outras cervejas, outras asneiras. Eu olho, finjo não ver, finjo não sentir. Mas hoje, de novo, eu sonhei com você. No sonho, você disse que se eu não estivesse ali, você não faria aquilo. Se você não fizesse aquilo, você não seria menos ou mais idiota. Ah, mas eu já te disse isso. Eu não chorei todos os dias desse mês. Mas com meu choro, devo sim ter alagado um quarterão. Ontem eu chorei de novo, mas chorei porque precisava do seu abraço pra saber que direção tomar. Por não ter seu abraço, não tomei direção nenhuma. Continuo estacionada, parada, estabilizada. No mesmo lugar onde você me deixou naquela quarta feira de sol. Eu e o sol. Estamos numa relação profunda de amizade, por isso ele anda sumido. Ele tá tentando se esconder, porque anda triste. Eu tô tentando me esconder, porque ando triste. Talvez se eu tivesse te procurado, Lola, você teria voltado. Mas eu não procurei, porque não sabia o que falar. Hoje sinto que se te procurar, você vai soltar gargalhadas na minha cara, e sair tropeçando por aí. Talvez no seu quarto você chore, mas quem vai saber? Só sei que ainda sinto seu cheiro. O cheiro do seu perfume misturado com o cheiro dos seus cabelos bagunçados. Ainda é automático chegar e olhar pros banquinhos, ver se você tá sentada. Sozinha ou rodeada por seus amigos. Ainda é comum procurar o sofá ou tentar abrir aquela sala. Andar pelos corredores e imaginar você parada, me olhando com olhos de "vem cá, cuida vai?" Não consigo esquecer sua voz cansada, suas risadas forçadas, suas conversas ordinárias, seus comentários sujos, seus olhares lindos e seu sorriso contagiante. Não consigo esquecer você, Lola. Mesmo depois de um mês. Talvez eu não queira te esquecer, no meu inconsciente. Talvez seja a coisa que eu mais queira no mundo. Só sei que, querendo ou não querendo, eu penso em você, e pra variar, isso só ferra comigo. Adeus Lola, por hoje, adeus.

quarta-feira, 24 de julho de 2013

Quem é você, Lola?

Mas eu falei com uma amiga, sabe... "Infelizmente, isso não me faz esquece-la, nem tampouco sentir raiva, porque ela é absolutamente livre para fazer a merda que quiser."
E é assim, não me sinto no direito de ficar com raiva, mas eu sangrei por dentro. Acho que tá sangrando ainda.
Lola, quem é você, afinal?
Eu quis te ver ontem, sentindo que você faria alguma merda, pensando que se talvez eu visse sua escrotidão, eu mudasse o que penso a ser respeito. Mas, guria, você não sabe ser escrota nem nos momentos mais babacas.
E você embreagada, com todas aquelas conversas nojentas, olhares falsos, sorrisos forçados e risadas altas. Você sabia o que 'tava' fazendo? Claro que sabia, isso devia estar como um desejo reprimido.
Mas até eu ri, sabia? Mesmo sangrando por dentro, 'tava' achando graça. Você voa longe com suas asas de liberdade. Às vezes dá até uma inveja. Penso que se eu tivesse essas mesmas asas, poderíamos ter essa liberdade juntas. Isso seria lindo, sem dúvidas. Mas você, Lola, também ignora isso. Volta pra sua bolha, volta Lola. Se fecha, e machuca mais gente. Talvez assim você se sinta melhor.

quarta-feira, 17 de julho de 2013

Bom dia, Lola! Dormiste bem? Sonhaste comigo? Não comentei, mas tu estava linda ontem. Estava com uma paz em volta de você. Uma paz triste, mas bonita. Ah, Lola... Saudade pra sempre. Saudade da gente. Do sorriso de canto de boca, das gargalhadas por qualquer motivo. Saudade do seu cabelo bagunçado, da sua voz cansada. Saudade do seu abraço apertado e da sua mão leve. É, eu canto saudade agora, Lola. Eu bebo saudade, eu escrevo saudade. Você me deixou essa saudade de presente naquela quarta feira que voltou pra casa. A sua casa: seu mundo. Sem meu mundo, sem nosso mundo. Ah, Lola... Que saudade!

segunda-feira, 15 de julho de 2013

Lola I

Era fim de novembro. Lola estava linda com seus cabelos novos. Eu não imaginava que minha vida mudaria tanto a partir daí. Novembro, sempre presente nas histórias de (amor?)! Lola troca poucas palavras comigo. Mas Lola me olha diferente de todas essas outras pessoas cansadas que não têm brilho no olhar. Lola tem brilho no olhar. Lola parece que tem uma caixinha de segredos guardada no olhar. Parece que guarda tristezas bonitas e alegrias esquisitas. Lola parece ser uma pessoa que sempre precisa estar apaixonada por alguém. E eu fui me encantando por Lola, mesmo ela achando que não. Não seria possível, né? Lola me chamava de sua banda preferida, por pura implicância. Será que isso significava alguma coisa? Não, claro que não! Assim como Lola, eu preciso sempre estar apaixonada por alguém. Assim como Lola, sou sentimental demais. É engraçado como Lola tem uma mania de se mostrar forte, mais forte do que realmente é. Eu leio os textos de Lola. São confusos, por vezes. Mas eu percebo que ela não é tão forte assim. Lola precisa de cuidado. Lola é delicada. Lola reparou coisas em mim que ninguém nunca tinha reparado. Como eu olho pra baixo, dou uma risada e desvio o olhar. O modo como reviro os olhos ao chamá-la de idiota. Meu jeito de respirar fundo quando ela diz algo que me agrada, ou me provoca. Lola me conhece, parece que até melhor que eu. Lola achava que eu me esquivava, que eu fugia. Mal sabia Lola, que eu já inventava desculpas para simplesmente vê-la. Lola não tem os mesmos gostos que eu, mas eu tenho os mesmos gostos que Lola. Eu gosto das músicas que Lola escuta, eu gosto dos versos que Lola lê. Gosto mesmo dos versos que Lola escreve. Lola escreve tão bem! Minhas palavras não soam tão bonitas quanto as de Lola. Mas eu gosto de escrever sobre ela. Escrever sobre Lola me acalma. Ah, Lola...

sábado, 13 de julho de 2013

Não sei titular.

Eu me perdi nas palavras. Nas imensidões de textos que leio e que só penso em você. Seu nome tá rabiscado por todas as folhas da minha agenda. A foto que eu rasguei, colei-a de volta e deixei guardada. Você já tá longe de mim de verdade, não precisa ficar longe no papel. Queria saber até onde foi mentira. Sua boca solta palavras que seus olhos parecem não dizer. Suas palavras de falsa alegria, quando sei que na real você não é feliz. Você não tá feliz. Você não pode tá feliz. Egoísmo da sua parte me deixar infeliz sozinha. Você e todo mundo sabe que eu choro todos os dias. Sou dramática, sentimental demais, sensível pra cacete. Mas eu realmente choro todos os dias. Escutando as músicas que você escuta. Vendo as séries que você vê. Lendo coisas que você lê. E relendo, mais de quinhentas vezes, as suas mensagens de texto. Qualquer palavra sua. Até aquelas palavras que eu reclamava tanto que você falava. Até seu jeito de me odiar em segredo fazem uma puta falta. Eu sei que você odiava algumas coisas em mim. Mesmo que achasse fofa me jeito idiota. É realmente engraçado essa coisa de que começa pela cura e termina com a dor. Você me curou. Mas fodeu com tudo depois, me deixou pior do que achou. Tô te culpando sim, mas é só pra aliviar um pouquinho essa dor chata pra caralho. Mas eu entendo tudo que você fez. Achei repentino, mas entendo completamente. O que não foi repentino né? Quem diria que eu me apaixonaria? Quem diria que seria tudo tão rápido? Mas o seu medo de que nos afastássemos, esse deve ter passado. Sei lá, foda-se. Foda-se não. É foda olhar pra você, é foda o silêncio de quando estamos perto. Sinceramente, o mundo não é outro, mas eu queria largar o mundo pra lá. Por que não posso simplesmente mandar o mundo se foder e ficar com você? Porque sou fraca, eu sei. Não tenho coragem de fazer porra nenhuma. Mas eu queria. Queria viver outros mundos com você. Mas me parece que quanto mais o tempo passa, mais você quer viver esse mundo com outras pessoas. E eu só sofro mais, porque não sei 'não sofrer'. Não sei esquecer momentos, os mais bobos. Não sei esquecer pessoas. Mas quer saber de uma coisa? Eu prefiro sentir isso, do que não sentir nada. Prefiro continuar com o coração pela metade, do que ter ele inteiro sem ninguém pra torturar. Acho que é isso, realmente. Eu gosto de sentir dor. E na boa, eu gosto que você saiba que eu tô sentindo dor. Idiota, né? Mas é a verdade. Do que adianta eu sentir tanta dor, se você não souber de nada? Tomara que você esteja sofrendo também. Não sou egoísta, não quero sofrer sozinha. Mas vai passar. Um dia eu sei que passa. Enquanto isso, eu continuo te vendo em todos os lugares. Continuo olhando pro's gatos e lembrando de você. Olhando pra's esquinas e procurando seu cabelo bagunçado. Abraçando meu travesseiro e lembrando do Chapéu. E vai ser assim, sabe-se lá por quanto tempo. Mas foda-se.

segunda-feira, 8 de julho de 2013

E todo dia o que eu mais espero, é o adormecer. Mesmo que pareça complicado. Mesmo que eu vire de um lado para o outro duzentas vezes antes dormir. Porque na fração de segundo em que durmo, é a única fração de segundo do meu dia que você não mora em mim. No sonho você mora também, mas é mais confortável. Porque meu incosciente ainda acredita que você volta. Mas ao abrir os olhos, parece que a dor é maior. Parece que o coração tá um pouco menor. Parece que você, durante o sonho, veio cá, dormiu comigo mais uma vez, e me deixou, mais uma vez. E parece que toda vez que você vai embora, leva um pedaço maior do meu coração. Não é uma metáfora. Quando você chegou eu escrevi que ganhei um coração novo e maior. Agora que você foi embora, tá levando aos poucos os pedaços desse coração. E posso te contar uma coisa? Tá doendo pra caralho. Pensei que os dias passariam, e a dor iria diminuindo, mas não é o que tá acontecendo. E então eu quero ficar no sonho pra sempre, porque pelo menos lá, naqueles momentos em que é o incosciente que manda, não dói tanto assim.

sexta-feira, 5 de julho de 2013

sol

Parece que não se passou sequer um dia desde aquela quarta feira de sol. Deve ser porque mesmo nas noites em que durmo, meu pensamento continua lá. O sol não combinava com aquela quarta feira. O sol não combinava com minhas lágrimas. Se bem que, ontem eu observava o sol, tão sozinho, mesmo brilhando tanto. O sol também é triste. Todos falam da lua, solitária. Mas a lua pelo menos é iluminada pelo sol. O sol é completamente sozinho. Ele não cabe em lugar algum, ninguém pode guardá-lo em uma caixa de segredos ou no próprio peito. Me senti um pouco 'sol' ontem. Tantos falam do meu sorriso contagiante, que sou diferente. Mas ninguém me guardou em uma caixa de segredos. Eu ando me sentindo tão sozinha. Assim como o sol. O sol não dorme, pra ele não passou nem sequer um dia desde aquela quarta feira. Não existe noite. Deve ser por isso que ainda choro tanto, o dia continua o mesmo. Mesmo dez dias depois.

quinta-feira, 4 de julho de 2013

Tá faltando.

Li um texto seu, e ele falava da nossa primeira data. Não sei se você se liga em datas. Não sei se você se liga em nós. Mas será que foi apenas coincidência? Será que eu tô ficando louca e isso não quer dizer nada? Ou será que você tá me dando charadas pra eu matar? Sinceramente, queria te entender melhor. Não consigo te decifrar. Tem algum manual? Eu sou a única? É que ontem fez um mês que eu voltei pra casa, fez um mês que a cama pareceu maior, mesmo ela sendo a mesma. Fez um mês que você me mal acostumou. E hoje a gente nem se olha mais. E quando se olha, dá aquele meio sorriso de canto de boca que faz ter certeza que tá faltando alguma coisa. É, tá faltando alguma coisa! Tá faltando você. Tá faltando uma palavra. Tá faltando um fim, talvez. Então vem, mais uma única vez, pelo menos mais uma, passa uma madrugada fria comigo, mais uma. Traz Chapéu, eu gosto dele. Talvez ele não goste tanto de mim, mas é ele quem fica com você quando você tá triste. É pra ele que, no meu silêncio, eu te entreguei. É ele que eu quero, e peço, que cuide de você. Eu não posso mais cuidar. Não de perto, não com você sabendo. Mas eu tô cuidando de longe. Se você cair, se você se machucar, eu vou correndo. Porque eu quero te proteger. Mesmo sendo você quem me protegia. Era assim, eu chorava, você cuidava. E mesmo quando me pedia com aquela voz encantadora: "Cuida, vai?", no fundo, era você que tava me cuidando. E eu te agradeço por isso, mesmo eu me machucando, mesmo eu chorando todos os dias, agradeço pelo mês que pareceu um ano. Agradeço por ter mudado o pior de mim.

quarta-feira, 3 de julho de 2013

?

Conversando com uma amiga, ela me disse pra parar de te mostrar meus sentimentos. É, porque de uma certa forma, mesmo não falando contigo, você lê tudo que se passa em minha vida. Não somente em palavras, mas eu sei que você consegue decifrar meu olhar. E sabe o que é engraçado? Essa amiga sofre da mesma dor, do mesmo (des)amor, exatamente do mesmo sentimento. Mas eu dei razão a ela. E perguntei a ela se passou. Ela disse que não. Então percebi, que pra mim, também não vai passar. Mas ela disse que não morreu. Então percebi que eu também não vou morrer. Vai continuar doendo, pra caralho, mas deve ter algum sentido maior nisso tudo. Você não pode quebrar dois corações tão bons, assim, do nada. E a gente continuou rindo, porque nossos olhos já se cansaram das lágrimas. E então, por fim, conseguimos falar da nossa dor. Não deixamos mais as coisas implícitas. Pra que isso? Porque eu sei que ninguém me entende como ela, e sei que ninguém a entende como eu. Tá vendo, você quebrou dois corações, mas os uniu de alguma forma. Depois não reclame!

...

Eu tenho dificuldade em saber o que é pra mim, e o que não é. E por que eu penso que alguma coisa seja pra mim? Suas palavras me fizeram acreditar que eu era importante, mas será que sou ainda? Será que eu era realmente? Ou será que tudo não passava de uma mentira, e que na verdade seu diário nunca existiu...

segunda-feira, 1 de julho de 2013

mas hein?

Por que você não sai de dentro da sua bolha, e volta pra mim? Sei que não teremos um futuro, foda-se o futuro. Pra que adiantar um sofrimento que talvez nem teremos? Mudei pra caralho, e do que adianta não estar contigo se minha vontade já é o pecado?