quinta-feira, 27 de novembro de 2014

Todo esse silêncio que me consome, a falta de palavras ao ver qualquer coisa que se refere a esse passado doloroso que ainda está tão presente. A minha ignorância acidental, toda vez que troco meia palavra contigo. Você é a interlocutora, que não se define em uma só pessoa. Meu sofrimento não infinda, não, não, não. Ao decepcioná-la me sinto livre, ao chorar me sinto presa. Meus olhos não me deixam em paz. "Sem amor eu nada seria", será? Amar demais dói, me torna alguém que não sei quem sou. Sou alguém? 
Eu queria dizer muito mais do que sinto, não posso. Eu queria me expressar muito melhor do que consigo, desisto. Pregui. De todas as histórias que criei, as reais e inventadas, nenhuma me tirou do inferno que me joguei de pé. Caí de corpo, sem arrependimento, porquê tudo foi doce e lindo. Como eu queria que você entendesse isso. Que seja. É a vida. "Tudo no seu tempo" de novo. 


"Mesmo se não for pra ser, será."

Não era pra ser, mas foi. Agora o que tiver de ser, não será. Procurei definição de amor: sentimento de carinho e demonstração de afeto. Há muito mais que isso. Ou, na verdade, não seja nem isso. Quem consegue definir um pouco do amor? Eu consigo não gostar de ti, e te amar ao mesmo tempo. Me explique. Não há nada nesse texto do que eu realmente queria dizer, mas é preciso escrever pra passar meu tempo sem que as lágrimas atrapalhem o que eu tenho pra falar, entende? Não. Quem entende, afinal? Enfim. "Quero que você seja feliz, hei de ser feliz também, depois".