quinta-feira, 7 de agosto de 2014

Que horas são?

São 21:31, e hoje eu tive uma daquelas brigas feias de mãe e filha.
Acordei bem, abri os olhos com calma, de repente tudo desmoronou. Eu conto até 10, 20 ou  mais. Pra quê? Quem inventou que isso acalma?
"Você vive de passado", ouvi dizer de uma amizade nova que me conhece bem demais. Verdade. Talvez eu não queira um futuro, talvez eu queira voltar e viver todo aquele ciclo vicioso novamente. Reapareceram 2 ou 3 pessoas, que imaginei nunca mais ouvir falar.
São 21:34, e as lágrimas não param de rolar.
Passei o dia com uma companhia que não queria. Preferia minha solidão, pra dançar no meu quarto, ao som de canções que só eu gosto. Ou canções que outros gostam, como aquela que pergunta de onde que vem a calma daquele cara... incógnita. "O que é incógnita?" Eu ri. 
Poucas coisas conseguem me fazer rir, mas tem um velho que chega perto de mim, e meu humor muda. Cheiro doce, cheiro forte, alergia, amor, histórias, risadas. A pessoa que eu mais amo no mundo é quem traz a calma, a única pessoa que me faz não querer mostrar meus erros. Mudei de rumo. 
São 21:42 e eu nem sei mais o que eu queria dizer.

domingo, 3 de agosto de 2014

aqui jaz

Aqui jaz um coração...
um coração doentio
um coração quase vazio
um coração clichê.

Eu ando fugindo do mundo, me afundando nas letras de prosas e poesias que leio, e insisto em gostar de ler.
Às vezes a preguiça de abrir os olhos não me deixa olhar o mundo. Abrir a janela do meu quarto? há semanas não faço isso. A cortina fica fechada a todo momento, o escuro me acalma. O gosto das lágrimas tem sido melhor que o alimento. O álcool pode ser um bom companheiro, mas ele fica longe de casa, e eu prefiro ficar em casa. 
Aqui jaz uma alma sorridente, cantante, alegre, saltitante
Aqui jaz o amor. 
Hoje sou poeira, grudada em livro velho, livro preferido. Não abro mão, não empresto, não me desfaço. Mas fica lá, na estante, encostado, esquecido. Fica aqui, isolada, amante, anestesiada. 
Tudo pode ser mentira, porquê "tudo pode estar lá, e eu aqui". Sempre fresno. Lucas, você é foda. 
No fim, (e eu nunca sei escrever um fim), aqui jaz uma pessoa, que deu lugar a outra.