domingo, 3 de agosto de 2014

aqui jaz

Aqui jaz um coração...
um coração doentio
um coração quase vazio
um coração clichê.

Eu ando fugindo do mundo, me afundando nas letras de prosas e poesias que leio, e insisto em gostar de ler.
Às vezes a preguiça de abrir os olhos não me deixa olhar o mundo. Abrir a janela do meu quarto? há semanas não faço isso. A cortina fica fechada a todo momento, o escuro me acalma. O gosto das lágrimas tem sido melhor que o alimento. O álcool pode ser um bom companheiro, mas ele fica longe de casa, e eu prefiro ficar em casa. 
Aqui jaz uma alma sorridente, cantante, alegre, saltitante
Aqui jaz o amor. 
Hoje sou poeira, grudada em livro velho, livro preferido. Não abro mão, não empresto, não me desfaço. Mas fica lá, na estante, encostado, esquecido. Fica aqui, isolada, amante, anestesiada. 
Tudo pode ser mentira, porquê "tudo pode estar lá, e eu aqui". Sempre fresno. Lucas, você é foda. 
No fim, (e eu nunca sei escrever um fim), aqui jaz uma pessoa, que deu lugar a outra. 

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